Em 2018, o Prêmio Nobel de Medicina concedido a James P. Allison e Tasuku Honjo, pesquisadores que estudaram a interação do sistema imunológico com o câncer e descobriram os receptores CTLA-4 e PD-L1, que são responsáveis por essa interação, consagra um árduo trabalho de mais de 20 anos de pesquisa e desenvolvimento, que nos permite agora o acesso a uma classe de medicamentos para tratar o câncer — especificamente aos chamados “inibidores de checkpoint”, que são os medicamentos mais modernos entre os imunoterápicos e têm demonstrado resultados mais expressivos no tratamento de determinados tipos de câncer.

 

É importante lembrar que o tratamento do câncer é extremamente complexo, e todos os tipos de tratamentos disponíveis — cirurgia, quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia, terapias alvo-moleculares e imunoterapia — precisam ser empregados de forma correta, para a doença certa, o paciente certo e no momento adequado. Por isso, é essencial que o paciente seja avaliado e acompanhado por médicos que estejam sempre atualizados e, principalmente, comprometidos com um atendimento integral e individualizado.

 

Para escolher que tipo de tratamento é o melhor para cada caso, hoje é obrigatória a realização de exames laboratoriais, exames de imagem e exames específicos em amostras obtidas por biópsia do tumor, que nos permitem saber a sensibilidade do câncer aos diferentes tipos de tratamento. Temos medicamentos imunoterápicos (inibidores de checkpoint) liberados para uso e disponíveis no Brasil desde 2012. Desde então, houve o lançamento de novos medicamentos dessa classe, e os estudos clínicos têm demonstrado o benefício desses tratamentos em cada vez mais tipos de tumores, aumentando o número de pacientes selecionados para a imunoterapia.

 

Atualmente, temos nove medicamentos dessa classe disponíveis para uso no Brasil. Suas indicações incluem, dependendo da situação da doença, mais de 12 tipos de neoplasias, incluindo câncer de pele, mama, pulmão, rim, fígado e estômago. A imunoterapia é, sem dúvida, um novo marco no tratamento do câncer.

 

É um tratamento com resultados surpreendentes, mas que precisa ser empregado com rigorosos critérios de seleção e acompanhamento dos pacientes. Não é a “cura do câncer” e não pode ser considerada melhor ou pior que os demais métodos de tratamento, mas sim mais uma grande arma que auxiliará muitos pacientes no combate à doença.

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