Os agentes biológicos são parte de uma nova categoria de medicamentos ministrados para mais de 1.000.000 de pessoas ao redor do mundo. Esse novo conjunto de agentes terapêuticos, obtidos da engenharia genética, repete os efeitos de substâncias que já existem em nosso corpo, fabricadas pelo sistema imune, atuando precisamente no processo inflamatório.

Nesse procedimento, uma série de eventos se desencadeiam, envolvendo várias moléculas, entre elas as potentes proteínas que têm receptores que ajudam substâncias se conectarem aos mesmos, neutralizando os efeitos. Essas proteínas são chamadas de citocinas.

Existem, até o momento, quatro famílias de citocinas, tendo como principais a interleucina – 1 (IL-1) e o fator de necrose tumoral (TNF) alfa e beta. São produzidas em células distintas. O TNF-alfa não pode ser detectado no plasma sanguíneo de indivíduos que não possuem a doença. No entanto, em níveis altos para várias doenças autoimunes e inflamatórias, apresentam amplo campo de ação.

Como funcionam os agentes?

Os agentes biológicos conhecidos até o momento têm ação de inibir os receptores das citocinas IL-1 e TNF, produzidas por várias células do nosso corpo que incitam outras células do sistema imunológico. A interleucina-1 e o fator necrose tumoral são fabricados em muita quantidade na artrite reumatoide, psoriática, espondilite anquilosante e outras doenças de cunho inflamatório, como a doença de Crohn.

Dentro dessas patologias, o TNF ou o IL-1 atuam no aumento da inflamação, como “adicionar combustível ao fogo”. Na artrite reumatoide, o TNF e IL-1 são o “combustível” na articulação, aumentando o ‘fogo”, portanto, amplificam a resposta de inflamação. Por isso, a terapia biológica tem como objetivo romper esse elo da cadeia inflamatória.

Efeitos colaterais

A respeito dos anti-TNF, o mais comum são as reações cutâneas no local da aplicação (região chamada de sítio de infusão). Estas acontecem em menos de 30% dos pacientes e são caracterizadas por vermelhidão e queimação no local da injeção, a duração é variada. Os efeitos colaterais mais alarmantes estão relacionados ao aumento do risco de infecção.

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